suavizei o olhar inconformado e estupefado de indignação do transeunte desavisado que arrebatou com perfeição meu coração
agora desorientado e desalmado busco sem sucesso alguma consolação em seu ratro estampado na multidão
terça-feira, 23 de agosto de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
(...) O som do silêncio invade meu pensamento. Rapidamente vai me rasgando. É um grito eclodindo em minas entranhas. Implorando para ser escutado. Nego-o e sigo o pensamento inquieto. Furto-me ao silêncio. Sucumbo ao seu som. DÓI. Infesta todo o meu corpo impuro. Nefasta toda minha mente insana. Afasta todo o delírio casto.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
RETALHOS
Todo o meu corpo dói ...
Cansei de costurar os retalhos recortados ao longo destes anos
Preciso ser renovado
Pano novo em tecido velho, repuxa
Deixei de pregá-los para que este couro reviva
Esta exposição me deixa vulnerável
Mostrá-lo me parece ser outra pessoa ...
Mas na verdade, esse foi sempre eu
Difícil acreditar que minha essência foi tão bem escondida
Os tecidos coloridos fizeram bem o seu papel
Agora sinto-os despregando
Não sei se a dor é do desprendimento ou da nova pele que se aviva
Só sei que dói
Todo o meu corpo dói ...
Cansei de costurar os retalhos recortados ao longo destes anos
Preciso ser renovado
Pano novo em tecido velho, repuxa
Deixei de pregá-los para que este couro reviva
Esta exposição me deixa vulnerável
Mostrá-lo me parece ser outra pessoa ...
Mas na verdade, esse foi sempre eu
Difícil acreditar que minha essência foi tão bem escondida
Os tecidos coloridos fizeram bem o seu papel
Agora sinto-os despregando
Não sei se a dor é do desprendimento ou da nova pele que se aviva
Só sei que dói
segunda-feira, 28 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
EU NÃO SONHEI, SONHEI !
Ele oscilava entre o sonho e a razão. Não que o sonho não tivesse razão, mas eram mundos diferentes e que raramente se encontravam. Todos os seus atos foram pensados. Tinha medo de perder o controle da situação. Inventara aquele modo de vida. Não era feliz ! A felicidade era abundante no mundo dos sonhos. Mas mesmo assim ele a temia. Não saber ser feliz era o que ele mais sabia fazer. Fugia dos sonhos e da felicidade. Procurava encontrar o equilíbrio mas a razão sempre falava mais alto. Quando achou que estava insuportável viver daquele jeito tentou aniquilar os seus sonhos. Mas eles não o deixaram. Pelo contrário, passaram a se fazer cada vez mais freqüentes. Já não era necessário mais fechar os olhos para sonhar. Eles aconteciam a todo momento. Foi neste instante que ele perdera a razão de toda a sua existência. A partir daí passou a viver sonhando. Muitos diziam que ele era feliz. Outros diziam que era louco. Já não se importava com a sua razão. Já não se importava com os seus sonhos. Perdeu a noção do tempo, do espaço, da realidade. Apenas sonhou feliz. Não pensou. Viveu. Até o fim. Como uma árvore. Que morre em pé.
Ele oscilava entre o sonho e a razão. Não que o sonho não tivesse razão, mas eram mundos diferentes e que raramente se encontravam. Todos os seus atos foram pensados. Tinha medo de perder o controle da situação. Inventara aquele modo de vida. Não era feliz ! A felicidade era abundante no mundo dos sonhos. Mas mesmo assim ele a temia. Não saber ser feliz era o que ele mais sabia fazer. Fugia dos sonhos e da felicidade. Procurava encontrar o equilíbrio mas a razão sempre falava mais alto. Quando achou que estava insuportável viver daquele jeito tentou aniquilar os seus sonhos. Mas eles não o deixaram. Pelo contrário, passaram a se fazer cada vez mais freqüentes. Já não era necessário mais fechar os olhos para sonhar. Eles aconteciam a todo momento. Foi neste instante que ele perdera a razão de toda a sua existência. A partir daí passou a viver sonhando. Muitos diziam que ele era feliz. Outros diziam que era louco. Já não se importava com a sua razão. Já não se importava com os seus sonhos. Perdeu a noção do tempo, do espaço, da realidade. Apenas sonhou feliz. Não pensou. Viveu. Até o fim. Como uma árvore. Que morre em pé.
Assinar:
Postagens (Atom)